História
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Nossa História
Descendente de imigrantes portugueses, o casal Benedito Moraes de Góes e Maria das Dores Lima de Góes lavrou terras desde os sertões da Vila de Una até Piedade, região hoje situada entre as cidades de Ibiúna e Piedade. Na primeira década do século passado, estabeleceram-se em São Roque, no bairro de Canguera. Foram nessas terras férteis, de clima rigorosamente frio e seco, que encontraram as condições ideais para lançarem de vez suas raízes em solo brasileiro, construindo assim uma grande família.
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Família Góes inicia plantação de uvas
Ao lado de lavouras tradicionais e de subsistência – feijão, batata, milho, marmelo e pêra – os irmãos Nhô Dito Góes (como era carinhosamente chamado Benedito) e Firmino de Góes foram os pioneiros a cultivar videiras e elaborar vinhos artesanais para consumo caseiro na região, entre os anos de 1910 e 1920. Como nessa época eram precários os meios de transporte, pois ainda não circulavam os veículos motorizados, a maior parte das mercadorias circulavam com a utilização de carros de boi e tropas de muares (burros e mulas cargueiros). Nhô Dito Góes montou uma tropa famosa, que frequentemente levava para a Capital, ao mercado da Cantareira, hoje também conhecido como o ‘Mercadão de São Paulo’, os produtos agrícolas por ele cultivados. No retorno, trazia encomendas para diversos armazéns da região, parentes e amigos, como mantimentos, roupas, calçados e bijuterias. Por volta de 1920, o plantio de vinhedos e elaboração de vinhos começou a crescer a partir do cultivo das variedades de uvas americanas como Isabel e Niágara. Em 1928, tem início a construção do primeiro trecho do ramal ferroviário de Mairinque a Santos, sendo que em abril de 1931 é inaugurada a Estação de Canguera. Depois de totalmente construída, a ferrovia alcançaria a Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira, em 1937, abrindo um grande corredor comercial para os produtos do interior, entre eles, os vinhos da região de Canguera.
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Início da Comercialização dos Vinhos
Na década de 30, mais precisamente no ano de 1938, os vinhos passaram a ser comercializados oficialmente pela Família Góes: eram envasados em barris de 100 litros e despachados na estação ferroviária do bairro para o litoral. Os vinhos iam acompanhados da quantidade precisa de rótulos e selos, para que os comerciantes pudessem afixá-los nos vasilhames, dando prova do controle e garantia de boa procedência da bebida.
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Nova Vinícola: Início da Produção dos
Vinhos com a Marca Góes
No início dos anos 60, Gumercindo de Góes com 50 anos de idade, começa a construir, junto com seus filhos, uma nova vinícola. E, no ano de 1962 inicia oficialmente a produção dos Vinhos Góes, em homenagem ao sobrenome e às origens da família, registrada posteriormente como Vitivinícola Góes. Um dos primeiros mercados conquistados pela Vinícola Góes foi o do Brasil Central com a remessa de um lote completo de vinhos para a recém inaugurada Brasília. As décadas de 60 e 70 foram favoráveis à vitivinicultura com um crescimento promissor em todo o mercado brasileiro. Uma das grandes molas propulsoras para esse crescimento foi, sem dúvida, o auge da realização das tradicionais Festas do Vinho, que divulgaram os produtos da Vinícola Góes no cenário nacional. Nestas festas, Gumercindo de Góes conquistou diversos prêmios destacando-se já na primeira safra no ano de 1963, seguindo assim, até o último ano em que aconteceu o concurso, em 1973. Nos anos 80, sempre buscando o crescimento e a conquista de novos mercados, Gumercindo Góes e seus filhos, com muito arrojo e determinação, apesar dos tempos difíceis, investem, se modernizam e adquirem novas máquinas, possibilitando assim maior produção. Lançam novos produtos, aprimoram seus rótulos, ampliam seu departamento comercial, buscando novos distribuidores.
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A expansão da Vinícola Góes
Com o mercado em franco desenvolvimento, a produção, que era elaborada com uvas de vinhedos próprios, não supre a demanda. Por isso, a Vinícola Góes buscou, na Serra Gaúcha, um pólo alternativo. E, no ano de 1989, na cidade de Flores da Cunha, adquiriu uma vinícola em sociedade com a Família Venturini, garantindo assim o suprimento de uvas e a possibilidade da elaboração de vinhos de maior valor agregado, ingressando também na linha de vinhos finos, lançando no final da década de 90, a linha Quinta Jubair Varietais e o Espumante Moscatel Vívere. Também na década de 80 iniciam-se em São Roque uma série de investimentos: em 1985, é adquirida a propriedade, instalações e a marca dos afamados Vinhos Quinta do Jubair; em 1989, a atividade de distribuição com a abertura da Distribuidora de Bebidas Góes; em 1999 iniciam pesquisas com distintas variedades de uvas, principalmente viníferas (de origem européia) em seu Campo Experimental, área de 2 hectares.
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Inauguração do Parque Enoturistico
Em novembro de 2003, os Góes inauguram o seu parque enoturístico, empreendimento de destaque no Roteiro do Vinho de São Roque. É um espaço para o visitante ter contato mais próximo com as curiosidades do mundo do vinho e conhecer em detalhes as áreas produtivas da vinícola e seu vasto portfólio de produtos, rodeados por uma natureza belíssima e outros atrativos. Em termos de portfólio de produtos, destacam-se também nesse período os lançamentos de algumas linhas: em 2003 é lançado o Grape Cool, refrescante cooler de uva que se tornaria rapidamente um sucesso de vendas. Em 2007 é lançada a linha de vinhos boutique Casa Venturini, com destaque para as variedades Chardonnay e Tannat, que desde então vem colecionando prêmios e reconhecimentos no Brasil e no exterior.
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Lançamento da linha Góes Tempos
Também em 2007, a Vinícola Góes lança a linha Góes Tempos símbolo do novo momento da vitivinicultura local. A linha Tempos é composta por variedades 100% cultivadas em São Roque/SP, destacando Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Lorena, esta última é uma variedade híbrida desenvolvida pela Embrapa.
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Góes Tempos Philosophia
Cabernet Franc
Na safra de 2014, o vinho de variedade Cabernet Franc cultivada em São Roque-SP é escolhido na Avaliação Nacional de Vinhos como um dos mais representativos da safra no país, primeiro vinho 100% paulista à atingir tal distinção. No ano de 2016 é lançado então o rótulo Góes Tempos Philosophia Cabernet Franc Reserva, vinho ícone da vinícola. Nos anos seguintes são lançados novos rótulos da linha Boutique de Góes Tempos: em 2016 – Míneres Syrah (vinho tinto fino seco); em 2017 Pétalas Cabernet Franc (vinho rosé fino seco), materializando em definitivo o reconhecimento da Vinícola Góes como produtora de vinhos finos de qualidade.
“Não se conhece completamente uma ciência
enquanto não se souber da sua história.”
Auguste Comte
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