Viticultura


Localização do Vinhedo
Na escolha da localização do vinhedo a preferência deve ser dada para as encostas, por terem boa drenagem, evitando os locais baixos por serem mais úmidos. Quanto à exposição ao sol, devemos localizar o vinhedo de modo que receba a luz solar todo o dia ou na maior parte dele. É fundamental que o vinhedo receba os primeiros raios solares da manhã, pois estes evaporarão o orvalho antes que a temperatura suba, diminuindo assim o risco de doenças. Por este motivo devemos dar preferência à exposição Norte e Leste, como é o caso dos vinhedos da Vinícola Góes.
Tipo de Solo
A videira adapta-se a muitos tipos de solos. Se analisarmos os tipos de solos utilizados no cultivo da videira nas diversas regiões vitícolas do mundo, verificaremos que eles variam desde muito arenosos até as argilas pesadas; desde solos delgados até os mais profundos; desde solos com baixa fertilidade até os com alta fertilidade. Os vinhedos da Góes estão plantados numa faixa de solo denominada de Lato-solo vermelho amarelo de boa profundidade o que proporciona um ótimo desenvolvimento das videiras proporcionando assim uma boa matéria-prima.



Sistemas de Condução
Existem muitas formas de sustentação e formação do vinhedo. Devemos sempre eleger um sistema de condução que nos permita ter uma boa qualidade no desenvolvimento, formação das plantas e principalmente um sistema que nos proporcione uma boa área foliar exposta ao sol, o que resulta em uvas mais sadias e com um bom índice de maturação. Nos nossos vinhedos adotamos o sistema “ESPALDEIRA” (conhecido como “cerca viva”) para o cultivo em escala econômica de variedades viníferas (como a Cabernet Franc), o sistema “LATADA” (conhecido como “pergolado” ou “caramanchão”) para o cultivo em grande escala de uvas de mesa para produção de suco e o sistema “Y” para o Campo Experimental, que nos permite melhores observações da evolução dos vinhedos.

Sistemas de Poda

Poda Tradicional
Na safra tradicional realizamos uma única poda a fim de equilibrarmos a frutificação e a vegetação. Assim eliminamos a maior parte dos ramos de um ano, os que frutificam e só deixamos pequenos pedaços desses ramos. Na execução da poda devemos distinguir três intensidades de poda: curta, longa e mista. Poda curta: é aquela em que os bacelos podados ficam com 1, 2 ou 3 gemas. Nesse caso, esporões. Poda longa: é a que deixa cada bacelo podado com quatro ou mais gemas, chamando-se vara à parte do bacelo que permanece sobre a planta após a poda. Poda mista: é aquela, que deixa sobre a videira, esporões e varas.
Poda Invertida, Dupla Poda ou Inversão do Ciclo da Videira

Esse manejo diferenciado é feito para que frutificação da planta aconteça no inverno. Basicamente acontecem duas podas: uma em agosto e outra no final de dezembro. A primeira é feita para a formação dos ramos produtivos e a segunda fazemos a poda efetiva de frutificação. A planta então começa a brotar em janeiro, floresce em fevereiro, em março os cachos começam a se formar e no final de maio início de julho realizamos a colheita.
Controle de maturação e colheita
A fase inicial da maturação é marcada quando as uvas tintas vão pouco a pouco mudando de cor e as uvas brancas vão amolecendo as bagas. À partir desta fase as uvas começam acumular açúcares e compostos fenólicos, responsáveis pela cor e aromas. enquanto que os ácidos vão diminuindo, estes índices são controlados através de análises físico-químicas das amostras das uvas coletadas do vinhedo a ser avaliado. Para se determinar o momento exato da colheita é avaliada a sanidade dos cachos e alguns indicadores da condição de maturação como por exemplo os teores de açucar (grau BRIX), sempre em sintonia com as condições idealizadas pelo enólogo para a produção ideal do vinho desejado.

